Agência Sebrae de Notícias

O Festival de Inverno de Pedro II, que segue até domingo (22), carrega não apenas a tradição da música, cultura e turismo, mas também uma trajetória de desenvolvimento econômico e fortalecimento dos pequenos negócios. Desde a primeira edição, realizada em 2004, o Sebrae Piauí é protagonista nessa história, apoiando empreendedores locais e transformando vidas.

Ao longo dessas duas décadas, uma quantidade significativa de negócios foram impactados com a realização do que na atualidade chamamos de Vila Empreendedora, um espaço que se consolidou como vitrine da identidade produtiva de Pedro II e de outras regiões do Piauí.

Quando tudo começou

Empreendedores como Márcio Angêlo Menezes, da empresa Alumárcio, fazem parte dessa trajetória desde a primeira edição do Festival de Inverno de Pedro II. Na época, ele aceitou um convite sem imaginar que sua vida mudaria.

“Foi a primeira feira que participei na vida. Eu nem tinha noção do que era uma feira. Comecei praticamente do nada, sem acabamento nos produtos. E foi aqui, no Festival de Inverno, que meu trabalho se transformou. O contato direto com os clientes fez toda a diferença. Eles sugeriam, cobravam melhorias e, assim, fui me aperfeiçoando”, relembra.

Hoje, a Alumárcio é reconhecida dentro e fora do país. “Já vendi aqui para clientes da Itália, Alemanha, África do Sul, Angola e Portugal. Este festival sempre foi minha vitrine para o mundo. Sem o Sebrae, eu não teria conseguido. Cada evento, cada capacitação e cada oportunidade fez diferença na minha jornada”, afirma Márcio, que atualmente emprega colaboradores e mantém sua produção ativa, apesar dos desafios enfrentados ao longo dos anos.

Tradição que se renova

Quem também carrega essa história desde o início é o artesão Cícero de Oliveira Barbosa, que junto com a esposa, Fátima, produz redes e tapetes artesanais em Pedro II. Eles transformaram um saber ancestral em geração de renda e orgulho.

“Estamos aqui desde a primeira edição, em 2004. Naquele ano já foi um sucesso, e até hoje seguimos firmes. O Festival aumentou nossa clientela, valorizou nosso artesanato e deu visibilidade não só para a nossa família, mas para toda a cidade. A cada ano, as vendas crescem e o reconhecimento também”, conta Cícero.

A tradição, no entanto, convive com o desafio da continuidade. “O trabalho com redes, especialmente com a tapuirana, que é uma técnica muito tradicional, está ameaçado. São poucas as pessoas que continuam. A juventude está buscando outras ocupações, e isso nos preocupa. Mas seguimos valorizando essa arte enquanto podemos”, explica.

Sebrae: parceiro desde a primeira edição

A instituição esteve presente desde o nascimento do festival — com apoio na montagem dos espaços, capacitação, consultorias, curadoria dos expositores e orientação em gestão, marketing, finanças e design de produtos.

“O Sebrae sempre foi a espinha dorsal dessa feira. Sem ele, não existiria essa oportunidade. O Sebrae é quem oferece estrutura, qualificação e suporte para que a gente possa vender, crescer e se manter. A minha avaliação é a melhor possível. É uma parceria que nos transformou”, reconhece Cícero.

O que começou com poucos expositores em 2004, hoje se traduz em um espaço robusto, estruturado, que movimenta centenas de milhares de reais a cada edição e fortalece não só a economia local, mas também a identidade cultural de Pedro II e do Piauí.

Muito além de uma feira: um legado

Ao longo de 21 anos, o Festival de Inverno e o Sebrae construíram juntos mais do que um espaço de vendas — construíram um legado de desenvolvimento, inclusão produtiva e valorização da cultura local.

Empreendedores que começaram em barracas simples hoje possuem negócios estruturados, atendem mercados fora do estado e até internacionais, e se tornaram referências nos segmentos de artesanato, tecelagem, joalheria em opala e gastronomia.

A 19a edição do Festival segue até domingo (22), reunindo música, cultura, turismo, e — principalmente — histórias de vida e de transformação que ajudam a construir um Piauí cada vez mais forte, criativo e empreendedor. A realização é da Águia – Produção e Cultura, Sebrae, Prefeitura Municipal de Pedro II, Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Turismo (Setur) e da Secretaria de Cultura (Secult), e do Governo Federal, no âmbito do Ministério da Cultura.

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