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Brincadeira de criança motiva criação de empresa artesanal em São Raimundo Nonato

Conheça a história de José Antônio, que começou a entalhar madeira aos cinco anos de idade
Por Antônia Pessoa
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O que antes era só uma brincadeira de criança passou a ser negócio de gente grande, quando José Antônio resolveu apostar na carreira de artesão. Ele, que aprendeu a entalhar a madeira muito novo, conta que há 40 anos trabalha com a venda de peças artesanais, mas que viu o negócio deslanchar de verdade após consultoria de design ofertada pelo Sebrae no Piauí.

A madeira Coração de Negro, matéria prima utilizada na fabricaçao das peças

“Desde os cinco anos, eu já manuseava a madeira para fabricar meus próprios brinquedos. Naquela época, também ajudava meu pai na fabricação de cerâmica e cestarias que eram utilizadas na nossa casa. Com o tempo, resolvemos fabricar também para vender e foi aí que comecei a minha carreira profissional de artesão”, destaca José Antônio.

No início, a produção de José Antônio era focada em esculturas de animais e arte santeira. Depois, passou a fabricar utensílios domésticos. Mas foi em 2017, que José Antônio mudou totalmente o conceito de seus produtos.

“O Sebrae trouxe o designer Renato Imbroisi para realizar uma consultoria para artesãos da nossa região. Participei dessa consultoria, na qual fui orientado a fazer peças que remetessem ao Parque Serra da Capivara. Foi aí que meus utensílios começaram a ganhar formas de inscrições rupestres, se transformando em produtos únicos, com alto valor agregado”, pontua.

José Antônio – que hoje é proprietário da Arte em Madeira Coração de Negro, empresa que leva o nome da madeira prima que ele utiliza – fabrica petisqueiras, utensílios de cozinha, colares, chaveiros, brincos e outros produtos, que carregam a história da Serra da Capivara, berço do homem americano.

Peça passando por processo de lixamento

Mas não foi só a mudança de conceito das peças que fez Arte em Madeira Coração de Negro chegar a várias cidades do Brasil, incluindo grandes centros como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Para conquistar esses mercados, José Antônio precisou também investir na qualidade e acabamento das peças.

“Ao longo do tempo, participando das capacitações e feiras do Sebrae, percebi que eu precisava investir cada vez mais na qualidade e acabamento dos produtos. O conhecimento e as experiências me fizeram chegar mais longe. E eu agradeço muito ao Sebrae pelas oportunidades para que eu pudesse aperfeiçoar cada vez mais o meu trabalho”, declara.

Atualmente, José Antônio comercializa cerca de 300 peças por mês, com valores que variam de R$ 5 (imãs e outros souvenires em miniatura) até R$ 500 (mesas e tamboretes) e diz que pretende avançar ainda mais com a chegada da Sala do Empreendedor em São Raimundo Nonato, que é uma parceria do Sebrae com a prefeitura municipal.

“Nos últimos dois meses, desde que a sala chegou, já participei de muitas capacitações. Recentemente, estive expondo e comercializando meus produtos na Feira de Negócios da Serra da Capivara. O resultado foi excelente. Que venham mais ações do Sebrae para alavancar o artesanato da nossa região”, conclui.

A Sala do Empreendedor de São Raimundo Nonato funciona no mesmo prédio da Casa da Memória, na Rua Professor José Leandro, 247 – Centro. O atendimento aos empreendedores é feito por Agentes de Desenvolvimento capacitados pelo Sebrae.

Peças saindo para acabamento

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